O mar branco tomou conta do País. O Santos, mais uma vez, foi Brasil. Como nos velhos tempos de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. E para não ser injusto: dos monstros Gilmar, Lima, Mauro, Calvet, Dalmo e o capitão Zito. Além do eterno papa-títulos, Luiz Alonso,o mestre Lula. E quis o destino que do outro lado estivesse o grande Peñarol, o mesmo oponente - e que rival! - do primeiro título da Libertadores conquistado pelo Peixe quando ainda recebia o rótulo carinhoso de Baleia. O século é outro, mas o talento prevaleceu. Neymar, Ganso e Cia foram os timoneiros da reconquista da América. Conduziram a nau repleta de irreverência, arte e emoção. A nau que fez do Santos o eterno segundo time de quase todos os torcedores brasileiros. Mais uma vez, agora neste 22 de junho de 2011, o mar branco santista esparramou-se pelos quatro cantos do País. O talento destes meninos maluquinhos (reverencio aqui o gênio Ziraldo) conquistou o coração de cada um dos brasileiros. Mesmo daqueles pouco afeitos ao mundo do futebol. Como uma onda que nos fascina, o "tsunami do bem" abriu passagem para quem quis esse surfarem sua espuma. O Peixe aqui, o Barça lá, deram mostras ao mundo de que o futebol é antes de tudo talento. Foi nessa esperança que todo amante da arte deste esporte sempre quis se agarrar. É por esse aspecto, fundamentalmente, que tanto os santistas como os catalães encantaram o mundo neste primeiro semestre. No Pacaembu, ontem, não foi diferente. Olhos marejados fascinaram-se pela musicalidade do gingado do menino franzino, de cabelo esquisito e futebol de ouro. Os homenzarrões dos carboneros bem que tentaram parálo, mas lá no fundo também se curvaram ao talento que parece nunca parar de brotar sob esta camisa de colorido inteiramentebranco. Salve o Santos tricampeão das Américas, após 48 anos de ausência. O título intercontinental parecia nunca mais querer voltar. Mas Neymar e seus companheiros lá dos tempos do sub15 incorporaram o grande Santos dos anos 60 e acrescentaram ao livro santista mais um capítulo de arte regada a futebol. O Peixe, mesmo que resistam alguns, mais do que nunca foi e é o segundo time da maioria dos brasileiros. O Santos, desculpem-me os que discordam, para mim é Brasil.
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